quarta-feira, 22 de julho de 2009

Festival de Inverno da UFMG em Diamantina

Em sua 41º edição, traz com seminário aberto ao público, apresentações de dança e teatro e exposições de arte.

Até o dia 30 de julho, quinta-feira, a cidade de Diamantina é palco do 41º Festival de Inverno da UFMG. Toda a programação foi desenvolvida a partir do tema “Traduções”, que resume a multiplicidade de perspectivas, formas e linguagens da arte contemporânea. Quem não conseguiu se inscrever para as oficinas e seminários, ainda tem a oportunidade de participar de uma série de espetáculos de teatro, música e exposições.

Vale destacar a exposição “Rubem Grilo Xilográfico 1985-2009, uma retrospectiva do artista, composta por 180 obras. “O Rubem tem um trabalho fabuloso, é uma referência internacional em xilo”, diz Fabrício Fernandino, curador do evento e professor de Belas Artes da UFMG. A mostra fica aberta à visitação de 22 a 29, das 12h às 17h30, na Casa de Chica da Silva.

Outro diferencial, foram os seminários sobre o futuro dos Festivais Universitários de arte e cultura, os quais debateram a relevância de eventos culturais que ultrapassam a compreensão da cultura como entretenimento, durante os dias 20 e 21. A importância do investimento do setor público e privado também foi ressaltada por Fernandino: “Para mim, um dos grandes aliados do Festival tem sido o governo estadual, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, e a Cemig, que vem sendo o financiador máster do Festival de Inverno”.

Programação completa: http://www2.ufmg.br/festival09/programacao-festival2009

terça-feira, 21 de julho de 2009

Estranhezas do ser humano – Privilégio divino, segundo a esposa do Kaká

“Caroline Celico, ( a Pastora Carol) a mulher do jogador de futebol Kaká, abrirá uma igreja evangélica em Madri, cidade espanhola onde seu marido atua pelo time Real Madrid.”
Conforme vídeo divulgado na internet, a esposa do jogador Kaká disse:
- “Como pode, no meio da crise econômica, alguém ter dinheiro? - “O dinheiro do mundo tem que estar em algum lugar;”- “E o dinheiro foi cair onde? - “No Real Madrid para contratar o Kaká.” - “Acima de financeiro, acima dos benefícios da mudança, vamos poder abrir uma igreja lá. Há vidas que precisam ouvir este testemunho”, diz ela em um vídeo divulgado no “Youtube”. De acordo com informações publicadas no site, a gravação foi feita no dia 21 de junho, na Flórida, nos Estados Unidos.”
“No vídeo, ela também comenta sobre o fato de ter esperado até depois do casamento para ter relações sexuais com o atleta. “Quando eu conheci o Kaká eu não era convertida e acabei me apaixonando pela igreja Renascer. Fiz uma aliança com o Senhor e ele tinha colocado no meu espírito casar virgem. Um dia acabei falando para o Kaká e eu pensei: ‘quando falar para ele, ele vai me largar’. Quando contei que queria casar virgem, ele ficou emocionado e falou: ‘Esse é o sinal que eu tinha pedido para o Senhor. Se você fosse a pessoa certa ia querer fazer essa aliança.’”

São muitas as minhas dúvidas quanto aos critérios que os seres humanos atribuem a Deus, na administração e execução da justiça divina.
Tenho uma amiga que morava em Miami no conforto de uma bela mansão e segundo me contava nas conversas do MSN, estava feliz e cheia de planos com o Marido e a Filha. De repente veio a crise. O marido perdeu o emprego, a casa perdeu o valor e a placa de vende-se balançava ao domínio das rajadas de vento. O desgaste e o desespero destruíram o casamento: Marido retornou ao Brasil e foi trabalhar em São Paulo, a esposa retornou ao interior de São Paulo com a filha.
As conseqüências foram mundiais. Pessoas passaram fome; morreram na miséria em conseqüência da crise; pessoas se suicidaram, bem, os estragos e sofrimentos gerados são incalculáveis. Deus fez isso?
Segundo a pastora Carol, esposa do jogador Kaká, o dinheiro do mundo sumiu e foi cair nos cofres do Real Madrid para que o Kaká fosse contratado e, naturalmente com o seu dízimo, ou generosa oferta de livre e espontânea vontade, tornasse viável a pastora abrir uma igreja evangélica.
Mais uma igreja evangélica onde os seus lideres espirituais se apresentam como tesoureiros de Deus. Pregações que convencem os puros e sofridos seres humanos a acreditarem que, quanto mais se da a Deus, mas receberá em troca. Dessa forma é notório o aparente império, que se observa nas mais recentes igrejas evangélicas que se espalham, rapidamente, por todo o planeta.
Os maiores e mais exuberantes templos em todas as cidades e países do mundo. Os templos que guardam o dinheiro de Deus; Suntuosos e ostentando riqueza, poder, e domínio material. Deus não tem igrejas materiais e o Espírito Santo, segundo a bíblia, usa como templo, o corpo humano. Claro que jamais vou entender por que Deus precisa de tanta riqueza e isso não é só no mundo evangélico atual, mas o maior exemplo é o vaticano – um verdadeiro luxo, praticamente folheado a ouro.
Jesus nasceu num curral, provavelmente cheio de excrementos dos animais; Morou nas grutas de pedras e jamais precisou de dinheiro ou qualquer espécie de riqueza. Os papas sempre viveram no luxo e na riqueza e agora, os Bispos e Pastores evangélicos- tal qual os mercantilistas posaram de nobres - fazem a mesma coisa.
E quem banca tudo?
Sempre o povo, o povo de boa fé. Dois mil anos do nascimento de Cristo e, o povo continua vulnerável aos apelos da salvação da alma pelos líderes espirituais que se intitulam tesoureiros de Deus e apóstolos de Deus. Homens escolhidos e iluminados por Deus, obviamente, segundo eles mesmos se intitulam. Então, sesgundo entendi, Deus gerou toda essa crise de forma irresponsável, sacrificando tantas pessoas para beneficiar uma ou outra pessoa especial, linda, iluminada, santificada pela castidade e, comprometida com Deus por uma aliança. Abrir uma igreja suntuosa para arrecadar mais dinheiro e ostentar mais luxo e poder. São esses os critérios da justiça Divina? Claro que não.
Será que Deus, por acaso, não presenteou o jogador Kaká, com o famigerado dinheiro da crise, para que a sua esposa, Pastora Carol, distribuísse aos famintos e flagelados da África? É dinheiro que dá para a sobrevivência de muito mais que uma família, na verdade, para uma multidão de famílias.
Que exemplo de santidade seria tal atitude! Despojamento com as tentações e riquezas materiais, sério comprometimento com a missão espiritual e com a salvação da humanidade. A isso eu renderia aplausos e me ofereceria para doar, voluntariamente, o meu dízimo. Sim, o meu dízimo nas mãos de verdadeiras tesoureiras de Deus. Tesoureiros de Deus não demagogos, não hipócritas, não compulsivos por luxo e riqueza; sem ambições, sem arrogância, sem vaidades dissimuladas. Vaidades? Ouvi dizer de um líder espiritual de 1000 gravatas. (E pensar que Jesus usava túnica como vestimenta.)
Lamentavelmente, os tesoureiros de Deus não são despojados das coisas materiais do mundo e nem das fraquezas da natureza humana. Falo com base no que leio e no que vejo:
Segundo a Revista Veja, Edição 2029 – ano 40 – numero 40 de 10 de outubro de 2007 – “As investigações do Ministério Público de São Paulo revelam a movimentação financeira do casal Hernandes, seus gastos e suas dívidas. Patrimônio estimado em 130 milhões de reais...e o gasto mensal da família no Brasil entre 2003 e 2006, foi de 600.000 reais.”
É o que se deduz, em geral, dos atuais líderes espirituais, se observarmos o luxo e a riqueza na aparência dos seus templos e dos seus canais de comunicações na mídia.
O que deve pensar o Divino – o Verdadeiro! - o “Absoluto em perfeição” de tudo isso?
Desse Marketing espiritual objetivando a prosperidade material com a desculpa de salvar a alma das pessoas? Das pessoas de boa fé.
Isso é insanidade humana?
Isso é malacafento.

sábado, 18 de julho de 2009

Unidos, somos a maior força cósmica para o bem ou para o mal.

É possível vida inteligente nesse planeta? - Ecologia.
As agressões a natureza e a própria espécie, vem sendo deflagrada pelo ser humano desde os primórdios na história da civilização. Eles se digladiavam com as mãos, lanças, espadas para defenderem uma ínfima fatia de território em proporção com todo o planeta, ou por questões pessoais oriundas da mente egoísta, ambiciosa, arrogante, avara, ou pelo prazer pelo poder. Necessidade de provar que é forte, tão ou maior, que o semelhante. Uma parvoíce da mente e da alma humana.
Os homens cruzaram as fronteiras do primitivismo humano e nada mudou. Mudaram os métodos, as formas e as armas. Passaram a usar os recursos do cérebro, criaram armas explosivas e eficientes e os massacres continuaram: sempre a mesma poça de sangue nas arenas. Os motivos mudaram também e algumas guerras eram fundamentadas em motivos religiosos, guerras-santas, outras razões eram sempre visando alimentar o ego de poderosos governantes de nações, buscando o domínio e o acúmulo do ouro amarelo ou negro. A política é a mais perigosa das armas, pois cega a todos de forma temporária e, quando se acorda não se pode fazer mais nada. O povo escolhe um empregado para cuidar da comunidade, dos impostos que foram criados para beneficiar a própria comunidade e o que acontece depois? Esses empregados – servidores públicos – são considerados superiores a classe dos patrões, inclusive pelos próprios patrões que os tratam como autoridades que merecem muito respeito. Abaixam-se diante deles, convidam para festas em suas casas e se vangloriam pela proximidade. E eles que não são débeis mentais como a maioria, acabaram por se tornarem os nossos patrões. Eles ditam as normas de como devemos viver, trabalhar para serem subornados por eles e quando julgam que estamos prontos para derrubá-los, aprontam alguma falcatrua e provam que o bom é ruim e o ruim é bom, que Deus é o Diabo e o Diabo é Deus, ou que um criou o outro ou transformou-se no outro e, o povo, é enganado sempre. A culpa é do povo – eleitores – e também dos políticos – servidores. O ser humano é de natureza corrupta. As conseqüências são evidentes: As guerras de todas as suas formas, a fome, as doenças, a violências, a destruição de todos os princípios de amor e respeito ao semelhante. É a luta pela sobrevivência e vence o mais forte a qualquer preço. Quando não se põe queijo suficiente para a alimentação de ratos em uma gaiola, o que acontece e que uns começam a comer os outros para equilibrar a quantidade de alimento recebido.

Depois as conseqüências se voltam pra o planeta:
PARVOÍCES HUMANAS:

- As indústrias da ambição desenfreada bombardeiam o nosso céu, a nossa terra, o nosso ar, os nossos rios e mares, os animais, o nosso verde. E o pior é que tudo isso não leva a nada de produtivo, pois, tudo não passa de uma ilusão e loucura da mente humana. Leva para algum lugar sim, para a morte do planeta e obviamente, a espécie humana. A cada dia se comenta os fatos e nada acontece; nada muda, muito pelo contrário, a situação se agrava. É angustiante saber que isso não tem cura. Eu aprovaria com toda a minha alma, uma ditadura que objetivasse, unicamente, a tolerância zero para um mecanismo de proteção do nosso planeta.

DESPREZADOS E ABANDONADOS:

- Os cães na fila para ser adotados, segundo um jornal. Vejam a tristeza nos olhos de quem não têm alguém para amar ou ser amado.
- O gorila amarrado? Pertencia a um circo, que o explorava e não o amava. Quem ama não explora.
- Mendigos sem teto:
- Esse mendigo
, eu vejo-o no centro de São Paulo há mais de 5 anos. Nu e enrolado em plástico preto de lixo, faça frio ou faça sol. Os detritos fétidos do lixo, retirado dos latões públicos e ingerido para o seu estômago de avestruz, transformam em excrementos que escorrem por suas pernas magras e secam sobre a pele. Nada mudou e ele continua vivo pela graça de Deus?
- Arraia Gigante e a estupidez humana. Vejam como exibem o pobre animal que caiu nas redes dos pescadores, como se fosse um troféu. Deviam estar chorando pela maldade e pelo dano que estão causando a natureza, ao invés de se sentirem heróis. Eu copiei essa foto de um jornal. A arraia caiu na rede e muitas outras espécies são abatidas diariamente dessa forma. Eles ficam encantados, salivando pela ansia de devorar o animal para satisfazer o estômago ou se sentem herois por abater uma grande criação (desafio) da natureza. Se a arraia falasse ela diria: "Perdoai-os Deus, eles não sabem o que fazem."

Criança abandonadas nas ruas:
- As crianças dormiam na rua Barão de Itapetininga e continuam hoje em todos os calçadões feito pelo prefeito dedicado ao povo e aos sem tetos urbanos. Alguém duvida? Vá ao centro e veja pelos olhos de uma máquina fotográfica! Ela não finge ver; ela vê tudo e registra sem piedade e sem pouco caso. Não existe a invisibilidade da miséria para as lentes de uma máquina, pois ela não é humana. O pouco caso é para os humanos e principalmente para os políticos.

Amazônia deflorada, ou quase:
- Isso acontece todos os dias
. Nós sabemos. Os governantes também. Isso vai continuar até acabar com a nossa Amazônia. Depois vamos acabar com o resto do planeta.

Tolerância zero no inferno:

- Finalmente, quando tudo estiver destruído pela burrice humana, vamos estar todos mortos e virar anjos; iremos então destruir o paraíso no céu. Se ao contrário, merecermos o inferno... bem, o inferno não corre esse risco. Claro. O Diabo não perdoa ninguém. Lá, no inferno, é tolerância zero no que se diz respeito ao sistema de preservação. A natureza maligna é preservada e melhorada a cada dia. O sistema do Diabo é o mais perfeito do cosmo. Se no céu, numa rebelião de anjos, resultou na expulsão da terça parte da criação dos anjos rebeldes, diminuindo a glória de Deus, lá no inferno, nunca se ouviu comentários sobre possíveis danos, diminuição ou fracassos na gestão do Diabo. Aliás, a sua popularidade é sempre crescente e os seus súditos tem se ampliado a uma estatística assustadora. Ele é mais esperto que os humanos. Toda a sua glória é alimentada pelos sonsos dos humanos. Todo o poder para massacrá-lo está no interior de cada ser humano, mas essa força só terá poder total se unificada.

Quem poderá nos salvar?

- Unidos, somos a maior força cósmica para o bem ou para o mal.

Do contrário:
- Se Deus permite e o homem admite, então a nossa existência será inevitávelmente inexistente.


-Salve a humanidade, salvando o planeta



A Prece da Árvore (Autor - Walter Rossi)

Ser humano Protege-me!
Junto ao puro ar
Da manhã ao crepúsculo,
Eu te ofereço: Aroma, flores, frutos e Sombra!
Se ainda assim não te bastar,
Curvo-me e te dou:
Proteção para teu ouro,
Pinho pra tua nota,
Teto para teu abrigo,
Lenha pra teu calor,
Mesa para teu pão,
Leito para teu repouso,
Apoio para teus passos,
Balsamo para tua dor,
Altar para tua oração,
E te acompanharei até a morte...
Rogo-te não me maltrates!

***

O que diz a ciência: Carl Sagan em uma entrevista a Revista Veja:

"SAGAN - Um hipotético viajante espacial que examinasse nosso planeta, a partir de uma órbita não muito distante, logo descobriria que existe uma civilização tecnológica na Terra. As luzes das cidades, as emissões inequívocas de ondas de rádio e televisão, o padrão regular das plantações são sinais claros de vida racional. Ao aprofundar suas observações, ele notaria também que alguma coisa fundamentalmente errada está ocorrendo na superfície do planeta. Os organismos inteligentes dominantes na Terra estão destruindo suas principais fontes de vida. A camada de ozônio, as florestas tropicais e o solo fértil estão sob constante ataque. Provavelmente, a essa altura, o visitante espacial faria uma revisão da sua análise inicial e concluiria que não há vida inteligente na Terra."

sábado, 11 de julho de 2009

Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura



Entregou nesta quarta-feira, dia 08, R$ 212 mil a quatro escritores brasileiros. Entre eles, Luis Fernando Veríssimo, pelo conjunto de sua obra. A iniciativa ainda contemplou as categorias Ficção, Poesia e Jovem Escritor Mineiro. Em sua segunda edição, foram cerca de 900 inscrições, provenientes de diversos estados brasileiros, o consolidando entre o cenário nacional. Abaixo, o texto sobre a premiação e links aonde pode encontrar mais informações, incluindo uma matéria em vídeo com a universitária Maria Zilda, que venceu na categoria Jovem Escritor Mineiro.

Links:
Entrevista com Maria Zilda, vencedora da categoria Jovem Escritor Mineiro: http://www.youtube.com/watch?v=qnuujj3jNQo&feature=channel_page
Blog do Governo de Minas Gerais: http://blog.mg.gov.br/
Informações sobre as iniciativas de fomento e incentivo à cultura no estado de Minas Gerais: http://www.cultura.mg.gov.br/

sábado, 4 de julho de 2009

Sem medo de ser feliz - Lula lá?

(Em 27 de outubro de 2002, aos 57 anos de idade, com quase 53 milhões de votos, Luiz Inácio Lula da Silva é eleito Presidente da República Federativa do Brasil. Escrevi e enviei o artigo (abaixo), que foi publicado no editorial do Jornal “Destaque News”, da região de Tietê, 13 dias depois).

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Help Tupy-Caetés
(Crônica do livro - Apagando as pegadas do autor Josué G. Araujo)
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Quem nunca sonhou com a pátria amada, amada e cantada em coro, por todos os brasileiros?
“...Ó pátria amada, idolatrada, salve! Salve!”
São poucas as oportunidades para celebrar festas cívicas, ou extravasar sentimentos patrióticos. Mas, finalmente, estamos vivendo um momento oportuno. Algo novo aconteceu na política; não uma política nova, pois, sabemos que a política é mais velha que a própria humanidade. O primeiro ato político de que se tem notícia ocorreu quando da rebelião dos anjos, época em que ainda não havia sido gerado o primeiro filho na terra. O pavio da explosão demográfica não havia sido aceso.
Um dos mais poderosos e inteligentes dos anjos, Lúcifer, liderou a terça parte dos soldados angelicais, objetivando destronar o Criador. Houve guerra, mas os anjos rebeldes foram derrotados e expulsos dos céus. A política, também, foi a causa do primeiro assassinato humano. Segundo a Bíblia, Caim matou Abel em uma disputa de influência, pois ambos queriam agradar a Deus.
A existência de um ser humano é precedida por uma guerra de milhões de espermatozóides, na disputa por um óvulo. Após o nascimento, a política continua na luta pela sobrevivência; sobrevivência da própria vida, a qual, dela, nós não temos consciência de nada, nem mesmo se optamos por aceitá-la. Mas o fato é que, até sonhando, fazemos política. A política sempre foi usada como um instrumento do bem e do mal. Sonhamos com o que de melhor ela pode nos proporcionar, mas o fato de a maioria dos nossos sonhos se transformarem em pesadelos não nos impede de continuar sonhando.
Conclusão, os ares do Brasil, com o oxigênio renovado, fizeram-me sonhar novamente: noite escura e a selva em silêncio; ao redor das fogueiras, concentravam-se os brasilíndios, cansados e céticos; de repente, de dentro da pequena oca, saiu o Pajé Caeté, limpando a garganta. Todas as atenções se voltaram para ele, quando começou a falar:
- Companheiros, que ninguém jamais duvide da classe trabalhadora.
Duas lágrimas cintilantes, refletindo o brilho das fogueiras, escapavam de suas “retinas fadigadas”. E das lágrimas, surgiram dois colibris; um deles, com penas de cor verde-esperança, e o outro de cor vermelho-fogo transformador; ambos desafiavam a lei da gravidade, ora voando para trás, ora pairando no ar e, depois, investindo sobre os companheiros. Tão rápido surgiram, tão rápido sumiram. A mensagem ficou no ar.
Um grito quebrou o encanto – Lula lá!!! -
Ouviram da Paulista, nas calçadas, de um povo bem cansado, um brado retumbante: Lula lá. Rufaram os tambores. Os dançarinos iniciaram os seus rituais... Lula lá, Lula lá... Foi demais. Eu me deixei contagiar; sonhei novamente, afinal, eu sou humano! Prova disso era aquele nó sufocante na garganta; acontece sempre que eu sonho; e para completar, entoaram também aquele hino nacional para arrebentar o meu peito.
Lembro ainda que isso só acontecia momentos antes de entrar na sala de aula, quando eu estudava na escola primária. Lembro-me bem! Todos em fila com a mão direita no coração, - “... iluminado sol do novo mundo”. Novo mundo, ou novo Brasil? Sabíamos o hino na ponta da língua. Bem ao longe, os pais, despreocupados, podiam ouvir aquele coro infantil; aquelas vozes angelicais, cheias de orgulho e esperança; crianças transbordando de sentimento patriótico acreditavam no que os professores costumavam repetir - “As crianças de hoje, serão os homens de amanhã”, aliás, frase que não se ouve mais. Será que os mestres não têm mais certeza do futuro dos seus pupilos?
Bem, eu cheguei ao futuro do passado! Sou homem do futuro, ou melhor, de hoje. O hino agora é mais curto. Fácil. Afinal, não temos tanto patriotismo como antigamente. Lula lá. Brilha uma estrela... Lula lá. Letra escrita na linguagem Tupy-Caetés. Lula lá, quer dizer, Pajé na grande Taba.
Sim. Voltei a sonhar, mas quando vi nos olhos da namoradinha do Brasil, o tamanho do medo de ser feliz, suspirei fundo. Pensando bem, acho melhor apelar para o grande Tupã; ao conselho dos ancestrais, se não fizer bem, mal é que não vai fazer, mas, é providencial rogar a eles que protejam o Pajé Caetés, afastando-o das tentações, e livrem-no do assédio dos Caruanas nacionais de más intenções; que o Pajé lembre sempre que a nossa dança não deve se restringir aos salões do Congresso, em devaneios ao som das valsas, e sim, ao som dos atabaques, nas entranhas das florestas ao redor das fogueiras; dançando, cantando, gritando, suando o corpo e machucando a sola dos pés, clamando obviamente aos bons espíritos que afugentem todos os maus espíritos, inclusive, os piratas europeus, dos “MULTI’s”, dos “YE´S” e “OK’s”, discípulos do DRÁCULA, que insistem em explorar as cavernas desprotegidas do “Brazil”, ou melhor, do BRASIL; que apesar de ele ter substituído a sua tanga pelo terno, e o colar de dentes de javali pela gravata de seda importada, jamais deixe de falar a língua Tupy-Caetés. A língua que todos nós entendemos; que esse novo hino, Lula lá, não se transforme em um samba popular de “lara lara”, “pizza lá” e outros “laiás, laiás”; que a fumaça sem óxido do cachimbo do Pajé Caeté possa ser o antídoto que eliminará todos os óxidos nocivos que poluem os ares brasileiros dos brasilíndios, que hoje vivem asilados em seu próprio país; e por último, que não me despertem desse sonho, pois não tenho mais cartas nas mangas, e esse é o meu último sonho, sem medo de ser feliz.

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