domingo, 20 de dezembro de 2009

Conheça a história de vó Braulice Runco

Braulice Runco foi criada sem mãe, e desde cedo aprendeu a ser caridosa, a ter um coração maior do que a própria podia imaginar. Hoje, além de todo o trabalho que faz, ela cuida da mãe, que tem 101 anos, e do marido, que após um derrame, precisou ter cuidados especiais somente dela, durante todo o dia. "Podem ter mil pessoas com ele no quarto, mas se eu não estiver, ele diz que está sozinho. Não posso largá-lo nunca, é o meu amor", diz ela.
O mais curioso foi como os dois se conheceram. Dentro de um ônibus, ela encontrou o homem que hoje é seu marido. "A gente se conheceu no ônibus e ele falou que queria casar comigo. Na hora eu pensei que ele iria ser a pessoa que eu ia cuidar durante a vida inteira". O companheiro de Braulice é primo do famoso médico do time do Flamengo e da seleção brasileira de futebol, José Luís Runco.
Ônibus, que por sinal, tem uma ligação muito forte à Dona Braulice. Foi assim que ela conheceu o 'Pantanal', também ao fazer um gesto que poucos fariam nesse mundo quase escuro. "Tinha uma criança dentro do ônibus fazendo carinho na avó. Eu achei lindo, conversei com elas, e a garotinha me pediu um brinquedo. Eu perguntei onde as duas moravam, e responderam que era num lugar chamado Pantanal, no Rio das Pedras. Certo dia, então, resolvi ir até esse lugar procurá-las para dar o brinquedo de presente. Cheguei e fiquei chocada ao ver tudo. Eu tinha que fazer alguma coisa", comenta ela, com uma voz muito calma, e levando com bastante humor as falhas de sua memória, tão cheia de histórias para contar.
'Como começou, Dona Braulice?', lhe perguntei. "Desde criança gostava de ajudar os outros. Meu primeiro salário dei a um tuberculoso. Ele precisava de ajuda, e eu tinha aquele salário. Foi todo para ele", é a resposta dela, causando admiração às pessoas que estão ao lado escutando a entrevista.
Além de cestas básicas, Braulice já doou 50 casas. Exatamente. Com seu dinheiro, construiu 50 moradias e as deu a quem não tinha um teto, um lugar para dormir. Ela também já fez serviços sociais no Sergipe e no interior da Bahia. "Tenho outros projetos, mas o que participo diretamente, hoje, é este". Para ela, tudo se constrói com amor e a ajuda de Deus. "O amor não se pede. Você dá amor e o recebe de volta. Deus nos dá essa luz, que nós não podemos deixar parar de brilhar!". Depois da entrevista, é hora de distribuir os alimentos.
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Extraido do site: http://www.sidneyrezende.com/noticia/37490 - com o propósito de propagar essa manifestação de amor e solidariedade da Braulice. O mundo esta precisando de muitas Braulices.

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