sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Nada na natureza é por acaso, salvo o homem, o predador.


Vadiando nos pastos do sítio de um cunhado, lá em Terra Rica-PR, eu fotografei vários montes de caroços de mangas, no lugar onde o gado se deita para ruminar. Um monte aqui, outro acolá. Fui chamar o mestre do campo, um senhor de cabelos brancos para esclarecer o mistério: “—Rapaz isso ai é o processo normal da natureza. Os bois comem dúzias de mangas inteiras e a noite se deita para remoer. Aos poucos vai devolvendo os caroços peladinhos para a terra.”
Foi então que eu descobri porque alguns animais tem que ser diferentes, até mesmo, no sistema digestivo. É uma questão de equilíbrio da natureza. O Gavião quando se alimenta, devora os ratinhos descuidados ou filhotinhos de aves. A recompensa é saciar a fome, mas o ato é de equilíbrio no ecossistema. Cada ser vivo na natureza tem uma função de equilíbrio do próprio sistema. Naturalmente isso não acontece com o ser humano. Ele é um predador que veio do além e formou um corpo de matéria para ser usado em um pequeno espaço de tempo, quando então devolve tudo e volta para o lugar de onde veio. A natureza é um mesa exposta para servi-lo.  Voltando aos bois, esses tais ruminantes foram escolhidos para proceder a replanta de algumas arvores frutíferas, como é o caso das mangas. Uns animais ruminam, outros não. Poderia serem todos iguais, mas ai como ficaria o reflorestamento de certas plantas frutíferas. Para os maiores frutos, como é o caso da manga, o serviço fica a cargo dos ruminantes maiores, os bois, e para as sementes de frutos menores, temos os caprinos, pois fazem parte dos menores ruminantes. Para os não ruminantes, as sementes são expelidas junto com as fezes. Não há nada existente na natureza que seja por acaso. Salvo o homem! O homem é um ser externo usando um corpo de matéria da natureza. O homem, se partir do princípio que ele não tem utilidade alguma na natureza, e que tudo que faz nesse planeta, nada leva, só resta acreditar que a energia predadora leva consigo todo o aprendizado adquirido através das emoções, dores, alegrias, tristezas, prazeres, ódio, angústias, paixões, conhecimentos...proporcionado pela matéria que serviu-lhe de roupagem. Naturalmente a energia – espirito – sem essa roupagem, é isenta de qualquer espécie de sentimento, dores, paixões, angustia. Espírito não pode sentir dor. Como machucar um espírito? Sem esse atributo de “sentir”, fica impossível “comparar”, sem comparações não se chega a uma razão. O conhecimento fica impossível e sem conhecimento, não há evolução. Repito que a natureza é um banquete, um sacrifício sobre a pedra, uma oferenda para propiciar a hospedagem e saciar a fome de conhecimento dos deuses humanos, vindo do astral. Viu como nos restos excrementícios ou mesmo de uma regurgitação pode-se garimpar muita sabedoria?   

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