A essência do meu ser
Josué G. de Araujo
As vezes quero saber:
Como é isso que eu sou?
Porque é que eu nada sei
Da origem do meu ser,
Por que é que eu nada vi?
Como é isso que eu sou?
Porque é que eu nada sei
Da origem do meu ser,
Por que é que eu nada vi?
Sei que esse meu ser nasceu,
Mas não sei porque é que veio.
E se eu soube, se é que eu soube,
Pode crer que eu me esqueci?
Faz sentido, vir por vir,
Nascer, nascer por nascer?
Sobreviver por viver
Para ser, somente um ser?
Por que? Por que, para que?
Por que insisto em querer?
Por que insisto em saber
O que eu nem sei o quê?
Por que teimo em me lembrar
O que eu creio que sei
Ser parte do meu ser?
Lá no âmago deve ter
Um baú desse saber:
O saber de quem eu sou!
O saber de quem eu fui!
O saber porque não sei
A essência do meu ser,
Ou mesmo, se eu sou um ser!