Apagando as Pegadas
Numa tarde nebulosa
De melancólico inverno,
Um ônibus enlameado,
Como se viesse do inferno,
Atravessa um nevoeiro,
Trazendo um homem de terno.
Defronte a rodoviária,
A viagem então se finda.
A figura solitária,
Faz uma cara de dor,
Por culpa da coronária.
O passageiro que apeia
É um homem já idoso,
Com o terno amarrotado.
Negro de porte garboso,
Andava sob a neblina,
Com o passo cauteloso.
Desse cenário remoto,
Volta os olhos ao presente,
Mas em outra dimensão,
Ao tempo indiferente.
Forasteiro é sempre aquele
Que passa a vida ausente.
...
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